Moçambique: Presidente da Total confia na reposição da segurança

O presidente executivo da Total, Patrick Pouyanné, deu hoje um voto de confiança ao Governo moçambicano, de que conseguirá repor a segurança no norte do país para ser retomado o projeto de gás de Cabo Delgado.

« Claro que enfrentámos em Cabo Delgado, em Palma, uma situação dramática, recentemente, então tivemos de tomar decisões », nomeadamente « não manter pessoal em Afungi », local de construção do projeto, referiu.

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« Mas deixem-me ser claro: estamos a confiar plenamente no Governo de Moçambique, na capacidade de ganhar esta guerra, ter uma área pacificada e assim que Cabo Delgado volte a ter paz, a Total voltará », disse o CEO da petrolífera.

O responsável falava em Paris após um encontro com o chefe de Estado moçambicano no âmbito da visita de Filipe Nyusi a França.

Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo `jihadista` Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.500 mortes segundo o projeto de registo de conflitos ACLED e 714.000 deslocados de acordo com o Governo moçambicano.

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Um ataque a Palma, junto ao projeto de gás em construção, em 24 de março provocou dezenas de mortos e feridos, sem balanço oficial anunciado.

As autoridades moçambicanas anunciaram controlar a vila, mas o ataque levou a petrolífera Total a abandonar por tempo indeterminado o recinto do empreendimento que tinha início de produção previsto para 2024 e no qual estão ancoradas muitas das expectativas de crescimento económico de Moçambique na próxima década.

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