Brasil : Segundo dia com mais mortes desde a chegada da Covid-19 ao Brasil

Na quinta-feira foi o segundo dia com mais mortes desde a chegada da Covid-19 ao Brasil, apenas atrás de terça-feira (dia 16), quando o país contabilizou 2 841 vítimas mortais, e o terceiro dia com mais casos positivos de sempre.

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No total, a nação sul-americana, com 212 milhões de habitantes, concentra 287 499 óbitos e 11 780 820 diagnósticos de infeção, números que confirmam o Brasil como o segundo país do mundo mais afetado pela pandemia, atrás dos Estados Unidos.

A taxa de incidência da Covid-19 em solo brasileiro é agora de 137 mortes e 5 606 casos por cem mil habitantes, de acordo com o último boletim epidemiológico difundido pela tutela da Saúde.

Das 27 unidades federativas do Brasil, as que concentram maior número de infeções são São Paulo (2 261 360), Minas Gerais (1 003 104), Paraná (781 539) e Rio Grande do Sul (771 000). São Paulo (66 178), Rio de Janeiro (34 695), Minas Gerais (21 303) e Rio Grande do Sul (16 117) são, por sua vez, os Estados que registam mais vítimas mortais devido à doença causada pelo novo coronavírus.

Desde a chegada da Covid-19 a território brasileiro, em fevereiro de 2020, foi registada a recuperação de 10 339 432 casos, sendo o terceiro país do mundo com maior número de recuperados, depois dos EUA e da Índia.

A Prefeitura de São Paulo, maior cidade do Brasil com mais de 11 milhões de habitantes, tem cerca de 500 pacientes com Covid-19 a aguardar por uma cama disponível em hospitais, informou esta quinta-feira o autarca Bruno Covas, admitindo que este “é um momento de extrema gravidade”. A primeira morte em São Paulo por falta de camas de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes infetados foi confirmada esta quinta-feira por Covas, que alertou para a situação. O prefeito garantiu que a autarquia trabalha para aumentar a capacidade hospitalar, mas ressaltou que a situação está “muito difícil” a ponto de que a rede privada pediu para transferir pacientes para a pública.

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Além de atravessar o momento mais crítico da pandemia, com o colapso das redes públicas e privadas de saúdes, os estoques de 22 medicamentos utilizados na intubação de pacientes infetados em estado grave está a chegar ao limite, noticiou o jornal Folha de S.Paulo, que ouviu relatos de médicos, empresas, gestores da saúde e entidades médicas.

O Brasil confia na sua campanha de imunização para travar o agravamento da doença, mas esta avança lentamente no país devido à falta de antecipação nas encomendas de doses de vacinas e atrasos nas entregas.

Aos 73 anos, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, recebeu esta quinta-feira o imunizante contra a Covid-19, sendo o primeiro membro do alto escalão do governo de Jair Bolsonaro a ser vacinado. Heleno compartilhou o momento em que recebeu a primeira dose nas suas redes sociais e destacou ter sido uma escolha pessoal. “Hoje recebi a primeira dose da vacina contra a Covid-19. O Governo Federal defende a imunização em massa e trabalha intensamente para viabilizar, no menor prazo possível, a vacinação de todos os brasileiros. É uma ação voluntária. Foi a minha escolha”, disse o ministro, um dos mais próximos de Bolsonaro, que, por sua vez, já garantiu que não tomará o imunizante.

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