O Governo moçambicano vai partilhar o seu Plano Diretor de Adaptação às Mudanças Climáticas, orçado em 600 milhões de dólares, na 28ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), a decorrer em dezembro próximo no Dubai.
De acordo com a ministra da Terra e Ambiente (MTA), Ivete Maibaze, que falava segunda-feira em Maputo, à margem da Primeira Reunião de Preparação da participação de Moçambique na COP28, o instrumento em preparação está a funcionar desde 2017.
“No que diz respeito à adaptação, gostaríamos de ter em conta o Plano Diretor de Gestão de Risco de Desastres, que é um instrumento aprovado e está a ser operacionalizado pelo nosso governo para o período 2017-2030, com um orçamento de cerca de 600 milhões de dólares americanos”, disse.
No entanto, segundo a ministra, Moçambique não está a limitar-se a este instrumento.
“Vamos levar uma série de projectos para a COP-28 e, no que diz respeito à mitigação, vamos levar a nossa estratégia de transição energética, que é um instrumento do Governo e que está em fase final de preparação”, disse.
“Tivemos a oportunidade, na cimeira do clima, de partilhar esta proposta de estratégia com todos os parceiros relevantes para que pudéssemos ter mais conhecimento e para que no início de outubro tivéssemos um instrumento finalizado para apresentar a posição do governo. Este é um dos instrumentos que pretendemos levar para a COP-28 para partilhar a visão de Moçambique sobre energia limpa”, acrescentou.
Maibaze explicou ainda que Moçambique também pretende partilhar a sua visão estratégica como forma de se posicionar na região “não só no fornecimento de energia aos países da região, mas também na promoção da energia verde no nosso país”.
O país pretende ainda levar à COP-28 o Plano de Ação para a Conservação das Florestas de Miombo e do Grande Zambeze, uma iniciativa do Presidente moçambicano Filipe Nyusi.
