“É necessário mais apoio” às vítimas da violência em Cabo Delgado

Duas comissões do Parlamento Europeu discutiram resposta da União Europeia à situação naquela província moçambicana.

“Não param de chegar pessoas, e estamos a tentar atender as necessidades mais básicas”, disse o bispo de Pemba aos eurodeputados, numa sessão dedicada à insurgência, em Cabo Delgado, norte de Moçambique.

Dom Luíz Fernando Lisboa sublinhou que é necessário “mais apoio para ajudar condignamente” as vítimas da violência.

As acções de insurgentes, descritos pelo Governo de Maputo como aliados ao Estado Islâmico, causaram, desde 2017, a morte de, pelo menos, duas mil pessoas, e forçaram a fuga de mais 500 mil para zonas tidas como seguras.

Os Eurodeputados, em particular os portugueses, pedira à liderança da União Europeia (EU) mais acção.

“Nós não podemos esperar, porque o povo de Moçambique não pode esperar mais”, disse a legisladora Isabel Santos, do Partido Socialista português.

De recordar que a UE já se comprometeu a ajudar Moçambique a lidar com a insurgência.

“Cabo Delgado é uma prioridade das acções humanitárias da UE,” reafirmou Francesca di Mauro, responsável por África na Direcção-Geral de Desenvolvimento e Cooperação Internacional da Comissão Europeia.

Nessa ajuda da UE a Moçambique, ressalvou a nova chefe de política externa para África, Rita Laranjinha, devem merecer igual atenção a democratização, reformas nas finanças públicas, descentralização e inclusão, que são essenciais para combater a alienação e vulnerabilidade à violência extrema.

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