Médio Oriente: O bombardeamento do maior campo de refugiados de Gaza fez cerca de cinquenta mortos

O bombardeamento pelo exército israelita do maior campo de refugiados da Faixa de Gaza para “eliminar” um dirigente do Hamas fez dezenas de mortos e centenas de feridos na terça-feira, 31 de outubro de 2023.

De acordo com o Ministério da Saúde do governo do Hamas, que controla Gaza desde 2007, o bombardeamento desta terça-feira no campo de Jabaliya (onde vivem 116 mil refugiados), no norte do território, fez “mais de 50” mortos e centenas de feridos.

Num vídeo da AFP, é possível contar pelo menos 47 corpos envoltos em mortalhas deitados no chão no pátio de um hospital, depois de terem sido retirados dos escombros.

“Eliminar um líder do Hamas”.

O exército israelita confirmou o bombardeamento, afirmando que tinha conseguido atingir Ibrahim Biari, considerado um dos responsáveis pelo ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, e que se encontrava num “vasto complexo de túneis subterrâneos a partir dos quais dirigia as operações”.

“Conseguimos chegar a Ibrahim Biari” e “um grande número de terroristas que estavam com Biari foram mortos. A infraestrutura subterrânea utilizada pelos terroristas (…) também foi destruída”, afirmou Jonathan Conricus, porta-voz das forças israelitas.

Relativamente aos civis, sublinhou que o exército tinha apelado repetidamente para que evacuassem o norte da Faixa de Gaza, uma “zona de guerra”. O responsável acrescentou que esperava que “tomassem a decisão correcta e evacuassem para as zonas mais seguras do sul”.

Mas o sul também tem sido regularmente bombardeado por Israel desde o início do conflito, não deixando “nenhum lugar seguro” para se refugiar, como denunciaram a ONU e as organizações humanitárias.

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