« Cada país tem uma agenda e a agenda é alinhada e integrada. Deve haver um motivo qualquer por que foi feito um comunicado », disse Filipe Nyusi, à margem da cimeira da União Africana, que está a decorrer em Adis Abeba.
O chefe de Estado moçambicano disse que seria expectável que as autoridades francesas, dada a sua amizade com Moçambique, decidissem apoiar e trabalhar com Maputo para combater a ameaça terrorista.
A Embaixada de França em Moçambique está a apelar aos cidadãos franceses para não viajarem para as cidades de Mocímboa da Praia, Pemba e Palma, em Cabo Delgado (norte), devido à « ameaça terrorista ».
« Devido à presença de uma ameaça terrorista e de rapto nas cidades de Mocímboa da Praia, Pemba e Palma, é fortemente recomendado não viajar para estas cidades, bem como viajar nas estradas que ligam estas localidades », lê-se numa mensagem aos viajantes publicada na quarta-feira pela Embaixada de França em Maputo.
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Comprar um espaço para minha empresa.Na mesma reação, Filipe Nyusi afirma que a declaração surge num momento em que o país africano está « a trabalhar arduamente para provar ao mundo que Moçambique está empenhado com os seus parceiros na luta contra o terrorismo ».
A multinacional francesa TotalEnergies tem planeada a construção de uma central nas proximidades de Palma, para produção e exportação de gás natural, avaliada em 20 mil milhões de dólares (cerca de 18,6 mil milhões de euros), mas a obra está suspensa desde 2021 devido aos ataques terroristas.
« A situação não está como estava », afirmou ainda o chefe de Estado, garantindo que esta nova onda de ataques resulta da ação de poucas pessoas.
« O país não vai parar, o mundo não pode parar », retorquiu.
Nas últimas semanas têm sido relatados casos de ataques de grupos insurgentes em várias aldeias e estradas de Cabo Delgado, inclusive com abordagens a viaturas, rapto de motoristas e exigência de dinheiro para a população circular em algumas vias.
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Anuncie aqui: clique já!O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou na quarta-feira a autoria de um ataque terrorista em Macomia, em Cabo Delgado, e a morte de pelo menos 20 pessoas, um dos mais violentos em vários meses.
Através de canais de propaganda, o grupo terrorista documentou, com imagens, o ataque a uma posição das forças armadas moçambicanas, levando material bélico, e reivindicou ainda outro ataque em Chiúre.
O administrador distrital de Macomia, Tomás Badae, confirmou na segunda-feira que os grupos de insurgentes que atuam em Cabo Delgado atacaram uma posição das Forças de Defesa e Segurança (FDS) no distrito, entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado passado.
Aconteceu no posto administrativo de Mucojo, a 45 quilómetros da sede distrital de Macomia: « Tomaram, sim, a posição e assaltaram-na, mas não temos mais informação se ainda estão lá ou já abandonaram ».
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Comprar um espaço para minha empresa.Na terça-feira foi confirmado o ataque, também reivindicado pelo EI, no distrito de Chiúre, com a destruição de várias infraestruturas e igrejas. O alvo foi a sede do posto administrativo de Mazeze, no interior do distrito de Chiúre, onde os rebeldes atearam fogo ao hospital, à secretaria do posto administrativo e à residência da chefe do posto administrativo, avançou o administrador distrital de Chiúre.
« As infraestruturas estão basicamente destruídas », disse Oliveira Amimo, acrescentando que os rebeldes destruíram a capela pertencente à Igreja Católica.