Moçambique já reúne apoio à candidatura a Conselho de Segurança da ONU

“Nos contactos que temos tido, temos recebido não só apoio, mas também a promessa de alguns países trabalharem com outros países para fazer com que Moçambique seja efetivamente eleito como membro não permanente do Conselho de Segurança” para o período de 2023 e 2024, disse Verónica Macamo Dlhovo.

Em entrevista à agência Lusa, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, a governante relatou que as ambições de Moçambique têm sido transmitidas em reuniões bilaterais com líderes de 15 países, para além de serem anunciadas na segunda-feira frente à Assembleia Geral da organização, no debate geral.

Questionada se tem sentido confiança por parte de líderes e representantes de outros países, Verónica Macamo respondeu que “até agora”, a delegação tem motivos “para acreditar que sim”.

“Estamos otimistas, para além de que somos o único candidato de África. Mas é preciso continuar a trabalhar. Precisamos de votos, precisamos de dois terços dos 193 países” que fazem parte da ONU, acrescentou a ministra.

Segundo Verónica Macamo Dlhovo, o país lusófono “tem alguma experiência para transmitir e alguma contribuição a dar no Conselho de Segurança” da ONU, que considerou ser “o fórum mais apropriado” e “a fonte primária para cuidar da segurança e paz no mundo”.

Experiência essa que consiste na utilização do diálogo: “Nós por exemplo temos conseguido resolver as questões ligadas à e consolidação da paz com recurso ao diálogo”, um método utilizado para ultrapassar “diferenças”, defendeu.

https://www.moz.life/mozbox/produit/passeios-de-speedboat-inhaca/

Na sua intervenção na 76.ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, Verónica Macano abordou a candidatura de Moçambique a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o período 2023-2024, apelando para o apoio por todos os Estados-membros da ONU “para a materialização deste objetivo”.

“A nossa candidatura constitui a expressão do nosso firme compromisso com a construção e manutenção da paz e segurança internacionais, a preservação e respeito pelos direitos humanos e a promoção do desenvolvimento sustentável”, defendeu a governante.

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, lançou oficialmente, na quinta-feira passada, a candidatura do país a membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas no mandato 2023/24, com a paz como prioridade.

https://www.moz.life/mozbox/produit/the-view-chongoene/

O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 membros, cinco permanentes e 10 não-permanentes eleitos por mandatos de dois anos e em que cinco são substituídos a cada ano.

Na eleição há um número fixo de assentos para os diferentes grupos regionais em que a Assembleia Geral da ONU se divide.

No caso, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) endossou a candidatura moçambicana, anunciou há um ano a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, quando começou a abordar o tema com representações diplomáticas.

Na sua mensagem, Filipe Nyusi realçou que a candidatura goza de apoio unânime dos 15 membros da SADC e dos 54 estados-membros da União Africana (UA), além de manifestações de simpatia e encorajamento por parte de nações de outros continentes, nomeadamente no seio da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

As eleições vão decorrer em 2022 e o mandato de dois anos arranca a 01 de janeiro de 2023, terminando a 31 de dezembro de 2024.

leave a reply