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Moçambique/Economia: HCB regista lucros históricos e reforça papel estratégico apesar da seca severa

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) arrecadou cerca de 115 mil milhões de meticais — o equivalente a 1,8 mil milhões de dólares norte-americanos — entre 2007 e 2014, revelou esta terça-feira, 21 de Maio, o Presidente do Conselho de Administração da empresa, Tomás Matola, durante a Conferência Internacional dos 50 anos da HCB.

De acordo com Matola, só nos anos de 2023 e 2024, a empresa transferiu para o Estado moçambicano um total de 37 mil milhões de meticais, cerca de 580 milhões de dólares norte-americanos, demonstrando o contributo crescente da HCB para a economia nacional.

“Neste ano (2024), anunciámos resultados líquidos históricos de pouco mais de 14,1 mil milhões de meticais,” destacou Matola. “Deste montante, 7,4 mil milhões de meticais serão entregues aos accionistas em forma de dividendos,” entre os quais se incluem o Estado moçambicano, a Agência Reguladora de Energia, cidadãos, empresas e instituições nacionais, bem como os accionistas que aderiram à oferta pública de venda de 2019.

No que respeita às contribuições fiscais da HCB, incluindo impostos e taxas pagas ao Estado moçambicano em 2024, o valor ronda os 15,2 mil milhões de meticais.

Durante o seu discurso na conferência, organizada sob o lema “Ontem, Hoje e o Futuro: Uma Empresa Estratégica e Estruturante de Moçambique e da Região”, Matola alertou para os efeitos da seca severa que afecta a bacia do Zambeze, que tem provocado reduções significativas na produção de energia.

“A HCB, juntamente com as barragens a montante — como a de Kariba e o sistema de Cafumbe — têm enfrentado desafios significativos devido à escassez de água,” sublinhou, acrescentando que, desde a fundação da empresa, nunca se enfrentou uma seca tão crítica.

Apesar do cenário adverso, Matola assegurou que a HCB tem feito o possível para garantir o fornecimento mínimo de energia aos seus principais clientes, como a EDM (Electricidade de Moçambique) e a ZEZA (Zimbabwe Electricity Supply Authority).

“Nunca parámos o fornecimento de energia. A gestão da barragem tem sido feita com base em métodos científicos e de alta tecnologia,” afirmou, reafirmando o compromisso da empresa com a estabilidade energética da região.

Ainda segundo Matola, no segundo semestre de 2023 foi necessário reduzir a produção de forma preventiva, para garantir o funcionamento da barragem até ao início da época chuvosa, prevista para Outubro, à luz das previsões meteorológicas que alertavam para a ocorrência do ciclone Chido.

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