A retoma do projeto de gás natural liquefeito em Palma depende agora do aval do Governo moçambicano para levantar o estado de força maior.
O presidente executivo da empresa francesa TotalEnergies, Patrick Pouyanné, anunciou que a companhia vai solicitar ao Governo de Moçambique a autorização para levantar a declaração de força maior que suspende o megaprojeto de gás natural liquefeito (GNL) na península de Afungi, distrito de Palma, província de Cabo Delgado.
Este projeto, conhecido como Mozambique LNG, está orçado em cerca de 20 mil milhões de dólares e encontra-se paralisado desde 2021, na sequência de um ataque terrorista de grandes proporções contra a vila de Palma. Desde então, a TotalEnergies, que detém uma participação operacional de 26,5%, suspendeu todas as atividades no terreno, invocando razões de segurança.
Falando à agência Reuters, à margem da Conferência Mundial do Gás (WGC), realizada em Pequim, Pouyanné declarou que, “dado que a situação de segurança melhorou, caberá agora ao governo moçambicano aprovar o levantamento da força maior”.
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Comprar um espaço para minha empresa.Segundo o responsável, caso a autorização seja concedida, a retoma das obras poderá acontecer ainda no verão do hemisfério norte, ou seja, até meados do ano.
O governo moçambicano também aguarda a reconfirmação do apoio financeiro do Reino Unido e dos Países Baixos, parceiros estratégicos no financiamento do projeto, para garantir o reinício efetivo dos trabalhos.
A concretização do Mozambique LNG poderá transformar Moçambique num dos principais produtores mundiais de gás natural liquefeito, com impacto direto na economia nacional e na atratividade do país para futuros investimentos no setor energético.