Mundo: Piratas informáticos pró-russos partilham dados da NATO

Informações incluem dados sobre armamento, centros de treino e milhares de contas com acessos a plataformas da NATO. Hackers serão ideologicamente motivados e podem voltar a atacar.

Um grupo de piratas informáticos pró-russos estão a vender milhares de dados da NATO por apenas um dólar. De acordo com a CNN Portugal, as informações a que os hackers terão tido acesso incluem dados pessoais de milhares de pessoas com acreditação para portais NATO, armamento e centros de treino da aliança atlântica.

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O grupo inicialmente colocou o acesso às informações à venda por 3 Bitcoins (o equivalente a cerca de 81 mil euros), mas acabou por decidir baixar a barreira à entrada para um valor simbólico de apenas um dólar (cerca de 92 cêntimos) por falta de interesse dos internautas. Ainda assim, há quem aponte que estes piratas informáticos se movem por motivos ideológicos e não financeiros e que a probabilidade de voltarem a atacar é grande.

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A confirmação do ataque surgiu no canal de Telegram do grupo Killnet, acompanhada de uma mensagem na qual os hackers dizem ter acesso aos dados de 17 mil cadetes, 26 mil utilizadores com acessos da NATO, informações relevantes das áreas do armamento, medicamentos, e dos centros de treino da aliança, bem como dos seus serviços de assessoria de imprensa. Como “prova”, disponibilizaram no Telegram vários dados sensíveis acompanhados de fotografias e capturas de ecrã.

A atividade do grupo acabou por ser detetada pela empresa de cibersegurança portuguesa VisionWare, que tem um centro de monitorização ligado ao cibercrime.

O grupo Killnet é apenas um entre vários grupos de piratas informáticos pró-russos que trabalham a mando do Kremlin contra vários países opositores do regime de Vladimir Putin. Ao longo de último ano, estes piratas têm sido responsáveis por uma série de ataques, incluindo um onde paralisaram vários aeroportos norte-americanos.

Este é o mais recente ciberataque à infraestrutura digital da NATO. Já no final de março, o grupo NoName057(16) conseguiu assumir controlo do Supreme Headquarters Allied Powers Europe (SHAPE), a principal sede operacional da aliança atlântica, através de um ataque que se refletiu em vários países, incluindo Portugal.

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