PM moçambicano classifica como “janela de oportunidade” retoma de apoio direto ao Orçamento

O primeiro-ministro moçambicano considerou hoje “uma janela de oportunidade” os “sinais de retorno de alguns parceiros de cooperação ao financiamento do Orçamento do Estado”, assinalando que a ajuda internacional é necessária para o crescimento económico.

“Este reforço da confiança é consubstanciado pelos sinais de retorno de alguns parceiros de cooperação no financiamento ao Orçamento do Estado”, declarou Carlos Agostinho do Rosário, durante o discurso inaugural da apresentação na Assembleia da República (AR) das propostas de Plano Económico e Social (PES) e do Orçamento do Estado (OE) de 2021.

O primeiro-ministro adiantou que as negociações entre o executivo moçambicano e o Fundo Monetário Internacional (FMI) registam avanços em direção ao reatamento de um programa de assistência ao país.

O governante assinalou que a retomada do apoio direto ao OE por parte dos parceiros internacionais é importante para o reforço das expetativas de crescimento da economia moçambicana em 2021.

Os países que apoiam diretamente o OE de Moçambique cortaram a ajuda na sequência da descoberta em 2016 de dívidas não declaradas no valor de cerca de 2 mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros), entre 2013 e 2014, junto das filiais britânicas dos bancos de investimento Credit Suisse e VTB, em nome das empresas estatais moçambicanas Proindicus, Ematum e MAM.

No início de novembro, a União Europeia (UE) anunciou um apoio de 100 milhões de euros ao OE de Moçambique, numa “modalidade diferente” da anterior e com reforço de monitorização e transparência, para o esforço de combate a covid-19.

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