Joe Biden, Presidente dos EUA, vai contactar hoje o rei Salman da Arábia Saudita, enquanto a Casa Branca está a preparar-se para divulgar um relatório dos Serviços de Inteligência norte-americanos que, segundo alguns especialistas, contactados pelo Guardian, irá acusar o filho e herdeiro do rei como cúmplice do homicídio de Jamal Khashoggi.
Leia Também: Arábia Saudita Elimina A Pena De Morte Para Menores
A decisão foi tomada no momento em que a Casa Branca enfrenta vários apelos de ativistas e dissidentes sauditas para que “enfrente” as violações dos Direitos Humanos no reino e aplique novas sanções. Estas devem “ajudar a controlar a repressão exercida pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman”, voltando a página do mandato de Trump que, nesta matéria ficou conhecido, como “o abraço americano aos déspotas”, como refere a imprensa norte-americana.
“A divulgação deste relatório é uma etapa há muito esperada que deve ser acompanhada da imputação dos crimes cometidos para garantir que tal não volta a acontecer”, comentou Khalid Aljabri, assessor de Mohammed bin Nayef, o ex-Príncipe herdeiro agora preso.
Jake Sullivan, o conselheiro para a segurança nacional da Casa Branca, disse na semana passada, em declarações à CNN, que a Administração está a preparar-se para publicar o relatório e dar uma resposta adicional que punirá os indivíduos responsáveis pelo crime.
Antes da eleição presidencial do ano passado, Biden disse que a Arábia Saudita “merecia ser tratada como um pária” pelo assassinato de Khashoggi.