Arquipélago de sonho, situado nas águas límpidas do Oceano Índico, as Maldivas têm tudo para satisfazer as suas fantasias de vida insular. Isolados do mundo, em contacto com uma vida marinha fascinante e uma flora tropical colorida, os viajantes podem desfrutar de um luxo de rara tranquilidade, especialmente se optarem por pousar as suas malas no One&Only Reethi Rah.

Ao contrário da maioria dos resorts nesta parte do mundo, que exigem que os hóspedes embarquem num hidroavião, os visitantes chegam diretamente ao hotel num iate privado, com os pés mal tocando o porto de Malé. Uma travessia tranquila de 45 minutos leva-os a um convés aninhado numa vegetação luxuriante, com vista para uma lagoa azul-turquesa. Acolhidos com delicadeza, fazem o check-in e instalam-se confortavelmente num dos 122 quartos, quer empoleirados em palafitas viradas para o horizonte, quer com vista para uma das 12 praias da ilha.

A única coisa que se mantém constante é a sua decoração requintada, vestida com cores quentes e concebida pelo arquiteto de interiores Jean-Michel Gathy. Assemelhando-se a pequenas moradias isoladas, apresentam camas enormes, candeeiros de leitura em linho claro, painéis de madeira esculpida, terraços de pelúcia e casas de banho com banheiras gigantes com vista para a baía ou chuveiros ao ar livre. Casulos abafados, longe dos olhares indiscretos, permitem-lhe tanto tratar dos seus assuntos como aceder aos diferentes espaços abertos a todos os visitantes. Monitorizados por um mordomo atento, que pode ser contactado a qualquer momento via whatsapp, os dias desenrolam-se de acordo com os desejos de cada um.

Mesmo que comecem normalmente da mesma forma, na mesa de pequeno-almoço do Reethi (acessível após um passeio de bicicleta ou de buggy por entre as palmeiras). Com os olhos postos na lagoa azul, ele leva o seu paladar numa viagem aos quatro cantos do mundo, oferecendo pastelaria gourmet, tostas de abacate, bolinhos, mezzes, sumos de frutos tropicais acabados de espremer e crepes caseiros.

Os que gostam de apanhar sol podem dirigir-se para a piscina infinita, para as espreguiçadeiras espalhadas pelo resort ou para o clube de praia. Não esquecendo os entusiastas dos desportos aquáticos, o clube de praia também oferece a oportunidade de experimentar paddle boarding, caiaque, jet ski e explorar a área circundante num pedalo. No entanto, os verdadeiros puristas do género são mais propensos a reservar uma viagem ao mar. Guiados por um especialista local, podem passar quase uma hora a admirar os recifes de coral, as tartarugas, os peixes multicolores e até os mini tubarões de ponta negra. De volta ao hotel, com um vislumbre do ballet de golfinhos ao longe, ainda há tempo para terminar o dia no spa ESPA.

Uma bolha dedicada ao bem-estar, pode ter aulas de ioga no pavilhão com vista para a água ao pôr do sol, desfrutar de massagens personalizadas com óleo quente ou fazer manicura e pedicura com Bastien Gonzalez. A técnica deste especialista francês combina conhecimentos médicos, manipulações relaxantes e a especificidade de polir as unhas com pó de madrepérola, em vez de as envernizar. Com a cabeça e o corpo descansados, é altura de se dirigir a um dos oito restaurantes para jantar. Entre os melhores, o Hoshi celebra os grandes clássicos da cozinha japonesa, com edamame picante, sashimi de rabo amarelo, sushi de atum albacora ou de lagosta, rolos de toro negro, bem como tempura de camarão e matcha mochi.

O Botinaca, perdido na selva densa, sublima o mundo vegetal, enquanto o seu bar é dedicado ao gin de topo. Fanditha, numa tenda digna das mil e uma noites, oferece especialidades do Médio Oriente: pastillas, baba ganoush, tajines, fallafels… Para saborear com os pés na areia, iluminados por lanternas. Outra opção é o Rabarbaro, com o seu menu transalpino de pizzas em forno de lenha, antipasti e massas caseiras.

Com bandas ao vivo todas as noites, o Rah Bar atrai os noctívagos em busca de cocktails impecavelmente elaborados, vinhos finos, bebidas espirituosas raras e chichas perfumadas. Estes são os últimos momentos quentes antes de regressar a Morfeu, sob um céu estrelado.