Médio-Oriente/Droga: Os Emirados Árabes Unidos interceptam 13 toneladas de Captagon escondidas em mobiliário sofisticado

O valor de mercado destas 13 toneladas de comprimidos é de cerca de mil milhões de dólares, segundo as autoridades do Dubai.

Uma das “maiores apreensões de captagon da história mundial”. A polícia do Dubai não poupou nos superlativos ao anunciar, no fim de semana, a descoberta de 13 toneladas desta anfetamina hiper-viciante, outrora conhecida como a “droga dos jihadistas”. O valor de mercado deste enorme stock de comprimidos é de cerca de mil milhões de dólares, segundo o Ministério do Interior dos Emirados Árabes Unidos. Seis pessoas foram detidas por suspeita de fazerem parte de um “cartel internacional”, segundo a CNN.

Os comprimidos estavam escondidos em painéis utilizados para fabricar mobiliário de luxo e em portas feitas de metal e madeira. A extração da droga destes esconderijos altamente sofisticados demorou “dias inteiros”, segundo o comunicado de imprensa do ministério, que está a fazer um grande alarido.

Os Emirados prometem ser “uma fortaleza impenetrável face a qualquer perigo que ameace a segurança e o bem-estar da sociedade dos Emirados”, afirmou o ministro do Interior, xeque Saif bin Zayed Al Nahyan, na declaração que publicou no X (antigo Twitter) na quinta-feira. Desde 2019, as autoridades dos Emirados apreenderam centenas de milhares de comprimidos de captagon. Só este ano, foram 175 mil nos primeiros cinco meses.

Vendida em todo o Médio Oriente e não só, a fenetilina, também conhecida como anfetaminoteofilina, provém principalmente da Síria. Soldados e milicianos sírios e libaneses de todos os quadrantes são consumidores regulares, mas não exclusivos, da droga, também conhecida como “pílula da jihad” pela sua capacidade de incitar à violência. “Sabemos que o Estado Islâmico financia as suas actividades terroristas sobretudo através do tráfico de drogas sintéticas”, explicaram as autoridades italianas aquando de uma grande apreensão em julho de 2020.

Em 2022, os Estados Unidos adoptaram uma diretiva, a Captagon Act, na qual a administração Biden estabeleceu a ligação entre o regime sírio e o comércio desta droga, descrita como uma “ameaça transnacional”.

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