850 milhões de dólares americanos estão garantidos para a reabilitação da principal estrada norte-sul de Moçambique (EN1), segundo o Ministro das Obras Públicas, Carlos Mesquita, citado na edição de quinta-feira da revista independente “Mediafax”.
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Falando na quarta-feira, durante uma visita de trabalho à província sul de Gaza, Mesquita disse que a fase inicial da reabilitação seria destinada aos “troços mais problemáticos” da EN1.
A EN1 percorre toda a extensão do país, desde Maputo até à província norte de Cabo Delgado, uma distância de cerca de 2.500 quilómetros. Os 850 milhões de dólares são suficientes para cobrir 1.053 quilómetros, desde Pambarra, no distrito de Vilankulo, na província sul de Inhambane, até Nicoadala, na província central da Zambézia.
Os 1.053 quilómetros serão reabilitados em três fases distintas. Partes destes troços da EN1 tornaram-se quase intransitáveis durante a actual estação chuvosa.
Mesquita não pôde dizer exactamente quando começarão os trabalhos de reabilitação ou quanto tempo demorará. Limitou-se a dizer que começaria este ano. O que tornou impossível anunciar datas precisas foi a necessidade de respeitar as regras estabelecidas pelas agências de financiamento, nomeadamente o Banco Mundial.
“Há trabalho que tem de ser feito, tendo sempre em mente as condições da agência de financiamento. Cada passo que damos tem de ser aprovado pelo Banco Mundial”, disse o Ministro. “Tudo isto não é uma questão de um mês, dois meses ou três meses”. Temos vindo a dizer que acreditamos que este ano todos estes elementos processuais sobre a gestão do projecto podem ser concluídos, e imediatamente a seguir os trabalhos podem começar”.
Quanto aos outros 1.500 quilómetros da EN1, Mesquita disse que o governo está a fazer mais esforços para angariar o dinheiro, inclusive através das repetidas visitas do Presidente Filipe Nyusi aos Emiratos Árabes Unidos.
