Turquia/Terrorismo: Pelo menos seis mortos após uma explosão numa rua de pedestres em Istambul

O governo turco culpa o PKK pelo ataque, que também deixou 80 pessoas feridas.

Quando ouviu o estrondo perto de uma loja de roupa a meio da tarde, Asena Hayal pensou pela primeira vez que se tratava de um problema de construção. Depois apercebeu-se de que não havia trabalho no domingo. A testemunha, entrevistada pela Al Jazeera, apercebeu-se então de que o barulho vinha de uma bomba no meio da Avenida Istiqlal de Istambul, “popular entre turistas locais e estrangeiros, alinhada com lojas e restaurantes”, noticiou o Hürriyet Daily.

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A explosão, que ocorreu pouco antes das 16.20h, matou pelo menos seis pessoas e feriu cerca de 80. No local, o correspondente da BBC observou que “os helicópteros circulavam por cima e as ambulâncias iam e vinham”. Ela acrescentou que “muitos lojistas que estavam do lado de fora das suas portas na rua normalmente movimentada pareciam atordoados”.

Erdogan promete “castigo merecido

“As janelas de muitas lojas na rua foram esmagadas. Os cidadãos chocados com o impacto da explosão refugiaram-se nas lojas circundantes”, relata Sozcu, citando filmagens de CCTV. Segundo o jornal, durante vários minutos, “uma mulher com uma bolsa sentou-se num banco em frente de vasos de betão”. Ela levanta-se às 16h11. “Três minutos depois, há uma explosão”, diz Sozcu.

Pouco antes de voar para o G20 na Indonésia, o Presidente Recep Tayyip Erdogan prestou homenagem à memória das vítimas e levantou a possibilidade de um acto terrorista, prometendo que os responsáveis seriam identificados. “Os perpetradores receberão o castigo que merecem”, disse ele, citado pela TRT World.

O Frankfurter Allgemeine Zeitung falava de uma “caça ao homem”. Na segunda-feira à noite, o Ministro do Interior turco anunciou a detenção de uma pessoa suspeita de ter colocado o dispositivo explosivo e implicou directamente o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Embora nenhum grupo tenha ainda reivindicado a responsabilidade pelo ataque, a Al Jazzeera observa que duas organizações estiveram envolvidas na série de ataques que atingiu a Turquia de 2015 a 2017 (uma explosão matou trinta pessoas no Suruc, perto da fronteira síria, em Julho de 2015): o PKK e o Daech.

RTÜK, o provedor dos meios de comunicação turcos, proibiu a transmissão de imagens da explosão, salienta o Guardian. A RTÜK disse que queria “evitar emissões que possam criar medo, pânico e agitação na sociedade e que possam servir os objectivos de uma organização terrorista”. O acesso às redes sociais foi também alegadamente restrito.

Por seu lado, Turkiyegazetesi informou que o jogo de futebol Beşiktaş – Antalyaspor, marcado para as 20h00 de domingo, tinha sido “adiado para uma data posterior por razões de segurança”. Beşiktaş, um dos três grandes clubes da megalópole turca, emitiu uma mensagem de condolências nos ecrãs de vídeo do seu estádio vazio.

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