O antigo chefe de estado Roch Marc Christian Kaboré é mantido em prisão domiciliária, “com condições de detenção cada vez mais duras”.
O partido do presidente derrubado do Burkina Faso, Roch Marc Christian Kaboré, disse quarta-feira 23 de Fevereiro “preocupado” e pediu à junta que tomou o poder para “o libertar sem demora ou condições”, um mês após a sua prisão a 24 de Janeiro em Ouagadougou.
“O Movimento Popular para o Progresso [MPP] convida as novas autoridades do Burkina Faso a libertar o Presidente Roch Marc Christian Kaboré sem demora ou condições”, escreveu o presidente do partido, Allasane Bala Sakandé, numa declaração pública sobre a situação nacional. Ele disse estar “preocupado” e questionou as razões para manter o Sr. Kaboré em prisão domiciliária, que “foi transferido várias vezes com condições de detenção cada vez mais duras”.
O antigo partido no poder também apelou ao chefe da junta, Tenente-Coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, para “manter os compromissos que assumiu para assegurar que os direitos fundamentais de cada cidadão sejam respeitados”.
No dia do golpe e da sua prisão a 24 de Janeiro, Kaboré foi colocado em prisão domiciliária numa villa ministerial no distrito de Ouaga 2000, onde tinha recebido líderes do seu partido e membros de uma delegação internacional que tinha vindo a Ouagadougou pouco depois do putsch.
A libertação do presidente derrubado foi também exigida pela ONU, a União Africana e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
