O ciclone Freddy atravesou Moçamique na sexta-feira (24 de Fevereiro) com ventos que chegaram até 113 quilómetros. Aterrou na cidade de Vilankulos, no leste do país.
Na sua esteira, deixou muitos moçambicanos cujas vidas tinham sido viradas de cabeça para baixo.
Maria Vasco Timbe e os seus quatro filhos encontraram-se a apanhar os pedaços do que restava da sua casa em Vilankulos.
“Aconteceu ontem às 15h, o meu filho Nelson veio e disse-me: Mamã em casa, não vais gostar do que vês”. Depois vim para casa e vi realmente que tudo estava destruído”, diz ela desanimada.
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“Sem cobertores, sem comida. Não podia usar nada ali dentro. Comecei a pensar, como vou recomeçar a construir, porque de onde eu estou não é possível. Como é que o vou fazer? Comecei a chorar quando vi que os meus filhos não iriam à escola, porque já não tinham livros e livros de exercícios”.
Um cientista de ciclones tropicais da agência meteorológica das Nações Unidas, disse que Moçambique já estava a recuperar das cheias e que o ciclone iria agravar um cenário volátil.
O ciclone foi projectado para enfraquecer à medida que prosseguia através da África Austral.
Zimbabué, África do Sul, Zâmbia, Malawi e Botswana devem esperar por fortes chuvas, disse o centro meteorológico regional na ilha da Reunião.
