Moçambique: O pior acidente de sempre

O acidente de viação que matou mais de 30 pessoas na estrada Nacional Número 1 na noite de sábado é considerado pelas autoridades o pior de sempre em Moçambique e o sangue ainda na estrada revela a magnitude da tragédia.

« Este é o acidente mais aparatoso e com um nível de fatalidade mais alto que já tenhamos registado », disse o diretor nacional de Transportes e Segurança, Cláudio Zunguza, no local do acidente.

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A tragédia envolveu dois camiões e um autocarro da transportadora Nhancale, que tentou fazer uma ultrapassagem irregular, embateu num dos camiões e capotou, provocando a morte de, pelo menos, 31 pessoas no local e ferindo outras 28 pessoas, 12 das quais gravemente, declarou a fonte.

No local, o sangue ainda fresco no asfalto revela a magnitude do acidente, ocorrido na principal estrada do país (EN1), no distrito da Manhiça, província de Maputo.

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« Constatamos que se tratou de uma ultrapassagem irregular, associada ao excesso de velocidade por parte do autocarro », acrescentou o diretor nacional de Transportes e Segurança.

O autocarro em que as vítimas seguiam foi retirado da estrada, mas os destroços, alguns dos quais ensanguentados, continuavam no local até a tarde de hoje, bem como os dois outros camiões que se envolveram no sinistro.

Os sobreviventes foram levados durante a noite para o Hospital Distrital da Manhiça, mas posteriormente foram transferidos para Hospital Central de Maputo, o maior do país.

Segundo o diretor clínico do banco de socorros do Hospital Distrital da Manhiça, as causas da morte da maior parte das pessoas que a unidade recebeu foram amputação traumática e múltiplas fraturas expostas, embora alguns tenham perdido a vida esmagados durante o acidente.

« Muitos deles chegaram já sem membros », declarou Milton Meneses, acrescentando que, desde a noite de sábado, várias famílias têm estado no hospital para identificar os corpos.

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O representante da empresa proprietária de um dos camiões que se envolveu no sinistro foi informado durante a noite e chegou ao local logo pela manhã, mas só teve noção da gravidade da tragédia quando viu as condições dos veículos.

« Quando recebemos a informação pensamos que fosse um acidente simples, mas quando chegamos ao local vimos a gravidade do acidente. Foi muito triste », disse à Lusa Elias António, representante da empresa de transporte carga Home, acrescentando que o motorista da sua companhia continua inconsciente, internado no Hospital Central de Maputo.

Até por volta das 23:00, os corpos espalhados nas proximidades do autocarro totalmente destruído revelavam a magnitude do acidente, que acabou condicionando a circulação de viaturas naquela que é a principal estrada do país.

A situação da sinistralidade rodoviária em Moçambique é apontada por várias organizações não governamentais como dramática, com o país a ocupar a sexta posição da lista de países com maior índice de sinistralidade na África Austral.

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Em média, pelo menos mil pessoas morrem anualmente em acidentes de viação em estradas moçambicanas, segundo dados avançados à Lusa, em maio, pela Associação Moçambicana para Vítimas de Acidentes de Viação (Amviro).

Em 2020, o país registou o número mais baixo de fatalidades nas estradas dos últimos 10 anos (855 óbitos), um dado associado às restrições impostas pela covid-19.

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