Na primeira dos quartos de final da Champions, o FC Porto foi derrotado pelo Chelsea por 2-0. Os blues foram letais e inteligentes na forma como conseguiram ferir o adversário. A segunda mão joga-se daqui a sete dias, no mesmo palco em Sevilha.
Para o duelo frente ao Chelsea, os dragões regressavam a Sevilha, a um palco onde na temporada 2003/04 o FC Porto venceu a Taça UEFA frente ao Celtic por 3-2.
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Para a partida frente aos blues, Sérgio Conceição já sabia que tinha duas ausências de peso: Sérgio Oliveira e Mehdi Taremi, que são só os dois melhores marcadores da equipa na presente época. O médio português soma 19 golos (cinco dos quais na Champions) e o avançado iraniano 15. A nível histórico, o FC Porto tinha vencido apenas um duelo nos últimos cinco embates frente aos blues.
Onzes das duas equipas
Sérgio Conceição fez quatro mudanças em relação aos jogadores que atuaram frente ao Santa Clara. Saíram Sérgio Oliveira, Nanu, Taremi e Diogo Leite e entraram Zaidu, Mbemba, Grujic e Corona. Thomas Tuchel apostou em Mason Mount e deixou Ziyech de fora, aposta que acabou por se revelar acertada.
Os homens de Sérgio Conceição estavam motivados depois de terem diminuído a diferença para o Sporting no comando da liga portuguesa. Já em relação ao Chelsea, os blues estão na quarta posição da Premier League, e como era sabido são adversário recheado de estrelas e de internacionais dos quatro cantos do mundo. O filme do jogo pode-se resumir a esta velha máxima: Quem não marca arrisca-se a perder, na Champions essas palavras têm ainda maior peso numa competição em que normalmente os erros acabam por se pagar caro.
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Com os blues com mais bola na maior parte do tempo, os dragões dispuseram de várias oportunidades para fazer o golo mas pecaram quase sempre na finalização. Na Champions a exigência é outra. No primeiro golo, a qualidade individual fez a diferença, depois de Mason Mount ter trocado as voltas a Zaidu numa receção orientada que culminou num remate para o fundo da baliza de Marchesín.
No segundo tempo, um perda de bola indesculpável de Corona acabou por ser punida ao mais alto nível, já que Chilwell roubou a bola, driblou Marchesín e fez o 2-0.
Filme da primeira parte
Início positivo dos campeões portugueses, com boa circulação de bola e lances de perigo, foi por isso com injustiça que o FC Porto foi para o intervalo em desvantagem.
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Ao minuto 12´, o conjunto orientado por Sérgio Conceição até podia ter chegado ao golo por Uribe. Domínio à entrada da área do colombiano e disparo de pronto com a bola a sair a centímetros da baliza. Ao minuto 24´, os portistas ensaiaram nova jogada de ataque e quase gritaram golo, com Mendy a evitar depois de um remate de Zaidu.
Dada a ineficácia portista, foi o Chelsea que aproveitou e num lance construído por Mason Mount chegou à vantagem. O dianteiro tirou Zaidu da frente e fez funcionar o marcador. Primeiro golo de Mount nesta edição da Champions. Com o Chelsea com o domínio territorial foi no entanto o FC Porto a equipa que trabalhou de forma mais afincada para chegar ao golo. Corona primeiro num remate e de seguida Otávio num canto voltaram a assustar Mendy ainda antes do gongo.
Segunda parte com o Chelsea a voltar a dar uma lição no capítulo da eficácia
No segundo tempo, o Chelsea entrou a todo o gás e quase fez o segundo por Timo Werner que nas alturas atirou ligeiramente por cima da baliza, depois de um cruzamento de Mount. O FC Porto somou várias oportunidades, mas acabou sempre por pecar no capítulo da finalização. Ao minuto 51´, Marega com tudo para fazer, disparou para a defesa de Mendy. Aos 57´, foi Díaz a atirar em jeito, mas com a bola a sair ao lado. Com o FC Porto balanceado, a espaços o Chelsea ia tendo a oportunidade de se aproximar da baliza adversária. Ao minuto 60´, Havertz com a baliza deserta atirou ao lado, depois de uma defesa incompleta de Marchesín.
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Ao minuto 72´, momento polémico na área do Chelsea, com Marega a cair na área mas com o árbitro nada a assinalar. Nos minutos finais, os ingleses acabariam por fazer o 2-0. Aos 84´ameaçaram com uma bola atirada ao ferro por Pulisic. Um minuto volvido foi Chilwell a fazer o 2-0 num roubo de bola a Corona. O jogador inglês depois passou por Marchesín e confirmou o golo.
O FC Porto parte para a segunda mão com uma desvantagem de dois golos. O Chelsea acabou premiado pela frieza na hora de decidir e os dragões acabaram por ser penalizados por falhas de concentração que a nível Champions já se sabe, têm um peso demasiado elevado.