Moçambique: PR Nyusi diz que grupos armados perderam « quase todos os espaços » que tinham conquistado

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que os grupos armados que actuam na província de Cabo Delgado perderam « quase todos os espaços » que haviam ocupado, mas alertou para a necessidade de « vigilância », porque « o inimigo é perigoso ».

« Neste momento, recuperámos quase todos os espaços que haviam sido ocupados pelos terroristas, estando a decorrer operações de limpeza e esclarecimento combativo », afirmou Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano falava na cidade de Nampula, norte do país, no discurso alusivo às celebrações do Dia da Vitória, que marca a assinatura dos Acordos de Lusaka, rubricados em 07 de setembro de 1974 entre a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, e o Governo português, abrindo caminho à proclamação da independência do território do país africano.

« As ofensivas de caça ao inimigo que realizamos nas últimas semanas com as Forças de Defesa e Segurança na vanguarda (…) estão a sufocar o inimigo », acrescentou.

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REGISTE-SE

O sucesso na guerra contra os grupos armados em Cabo Delgado, norte de Moçambique, conta com o apoio das forças governamentais do Ruanda, missão militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e dos veteranos da luta de libertação nacional, prosseguiu Filipe Nyusi.

« Neste momento, estamos empenhados no restabelecimento de infraestruturas de energia, água, telefone móvel, banca, estradas, pontes, centros de saúde, entre outras », destacou Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano avançou que as populações deslocadas pela violência armada em Cabo Delgado sentem-se encorajadas a regressar às suas zonas de origem, como resultado da expulsão dos grupos armados.

« A situação tende a melhorar a cada dia, o que leva a que alguma população esteja a regressar às suas zonas de origem, contudo, aconselhamos a observar as recomendações das estruturas locais » em relação às medidas de segurança a observar, declarou.

O chefe de Estado moçambicano assinalou que, entre os « cabecilhas » dos grupos armados, estão cidadãos da Tanzânia, República Democrática do Congo (RDCongo), Somália, Ruanda e Quénia, que « recrutam » moçambicanos para as suas ações.

« Os cabecilhas deste grupo criminoso nunca deram a cara e, portanto, o povo moçambicano ainda não os conhece », enfatizou.

Filipe Nyusi disse que a ação dos grupos armados resultou na morte de mais de duas mil pessoas, fuga de mais de 850 mil e destruição de centenas de infraestruturas sociais e económicas.

Os festejos do Dia da Vitória foram marcados pela atribuição de condecorações a 1.547 veteranos da luta de libertação nacional em todo o país, em reconhecimento pelos seus feitos na guerra contra o colonialismo português.TÓPICOS

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