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Deputados da RENAMO doam um dia de salário às vítimas dos ataques em Cabo Delgado

Parlamentares da RENAMO decidiram adoptar a iniciativa em solidariedade às vítimas dos ataques em Cabo Delgado. O porta-voz do partido, Arnaldo Chalaua, não esclareceu se a doação será uma prática da RENAMO no futuro.

Os 60 deputados da bancada da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) no parlamento moçambicano vão descontar um dia de salário para um fundo destinado às vítimas da violência em Cabo Delgado. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (22.10) pelo principal partido da oposição em Moçambique.

“Solidarizámo-nos com as vítimas da guerra em Cabo Delgado e é por isso que vamos descontar um dia de salário”, afirmou o porta-voz e deputado da RENAMO, Arnaldo Chalaua. O deputado fez o anúncio durante o seu discurso após a informação anual do Provedor de Justiça.

O porta-voz da RENAMO avançou que o sofrimento infligido à população de Cabo Delgado é mais uma prova de que a justiça está a ser negada à maioria da população moçambicana.

“De que justiça se fala, quando milhares de pessoas são obrigadas a fugir das suas casas por causa da violência armada em Cabo Delgado”, questionou Arnaldo Chalaua.

O porta-voz da RENAMO não especificou o valor da doação dos deputados da RENAMO às vítimas de violência em Cabo Delgado, mantendo essa postura mesmo perante os pedidos dos jornalistas no final do seu discurso.

O salário mensal mais baixo de um deputado em Moçambique é de 65 mil meticais (752,00 euros) e o mais alto ultrapassa 100 mil meticais (1.157,00 euros).

Em outubro, os 184 deputados da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder, descontaram dois dias de salário, cada, e ofereceram 10 toneladas de produtos diversos para as vítimas da violência armada em Cabo Delgado.

Além da FRELIMO, com 184 assentos, e da RENAMO, com 60 deputados, tem assento na Assembleia da República o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira bancada, com seis deputados.

A província de Cabo Delgado é palco há três anos de ataques armados desencadeados por forças classificadas como terroristas. A violência provocou uma crise humanitária com mais de mil mortos e cerca de 300.000 deslocados internos.

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