EUA: No julgamento civil de Trump por violação, outra mulher conta que foi agredida

Jessica Leeds, 81 anos, testemunhou sobre uma agressão sexual ocorrida num avião no final da década de 1970.

Na terça-feira, outra mulher contou ter sido agredida sexualmente por Donald Trump num avião no final dos anos 70, durante um julgamento civil em Nova Iorque, onde o antigo presidente dos EUA está a ser processado por violação e difamação pela autora E. Jean Carroll.

Jessica Leeds, de 81 anos, que já tinha saído do silêncio em 2016 no New York Times, contou no tribunal civil federal de Manhattan como, “em 1978-79”, num avião para Nova Iorque, se retirou do seu lugar de primeira classe porque o empresário tentou beijar-lhe o pescoço e depois pôs as mãos no seu corpo.

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“Não houve discussão, surgiu do nada (…) Ele tentou beijar-me, agarrar-me os seios”, disse Jessica Leeds no julgamento civil que começou na semana passada por alegada violação e difamação, interposto por E. Jean Carroll, que pede uma indemnização a Donald Trump.

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Perante os nove jurados, Jessica Leeds explicou sob juramento que, na altura, encontrou forças para se levantar e sair quando Donald Trump “pôs as mãos na minha blusa”. “Pareceu-me uma eternidade” quando, na verdade, aconteceu em “segundos”, acrescentou a mulher que foi convidada a testemunhar pelos advogados de E. Jean Carroll. Jean Carroll, que acusa o antigo presidente dos Estados Unidos de a ter violado num provador dos grandes armazéns de Nova Iorque em 1996.

Donald Trump, que não compareceu no julgamento, nega as acusações e diz que nunca conheceu a ex-jornalista, que era colunista da revista Elle. Jessica Leeds explicou que só veio a público em 2016, quando Donald Trump disse, durante um debate presidencial contra Hillary Clinton, que “respeitava as mulheres” e nunca tinha cometido agressões sexuais.

Foi mostrado aos jurados este clip televisivo, durante o qual o candidato republicano teve de se defender após a transmissão de comentários insultuosos sobre as mulheres. “Fiquei furiosa por ele ter mentido”, disse Jessica Leeds. Na manhã de terça-feira, uma amiga de E. Jean Carroll, a colunista Lisa Birnbach, corroborou a história da queixosa. Confirmou que esta lhe tinha telefonado logo após o alegado incidente, em 1996, para lhe confidenciar que Donald Trump a tinha “agredido”. “Quero que o mundo saiba que ela estava a dizer a verdade”, disse Lisa Birnbach.

Esta testemunha foi também questionada pela defesa de Donald Trump sobre alguns comentários pouco amistosos que tinha feito sobre o antigo presidente, descrito como “sociopata narcisista”, “agente russo” e “empregado de Putin”. Comentários pelos quais assumiu a responsabilidade na terça-feira.

Donald Trump não está a enfrentar acusações criminais por violação neste caso. E. Jean Carroll apresentou a acção judicial com base numa lei do estado de Nova Iorque, aprovada em Novembro passado, que permite a prescrição de um ano nos casos de agressão sexual.

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